Reserva Extrativista Chico Mendes, Acre, Brasil: relato de experiência sobre hábitos e segurança alimentar nos seringais Sibéria e Albrácia.
- Authors
- Publication Date
- Jan 01, 2023
- Identifiers
- DOI: 10.18542/ethnoscientia.v8i1/12724
- OAI: oai:www.alice.cnptia.embrapa.br:doc/1162672
- Source
- Repository Open Access to Scientific Information from Embrapa
- Keywords
- Language
- Portuguese
- License
- Unknown
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Abstract
A Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre é formada por diversos seringais, (áreas povoadas por seringueiras existentes principalmente na Floresta Amazônica), sendo uma área protegida com a finalidade de harmonizar o modo de vida das comunidades locais com o desenvolvimento sustentável. Nesse aspecto, o objetivo dessa pesquisa foi realizar um relato de experiência sobre a segurança alimentar nos Seringais Sibéria e Albrácia, destacando os componentes básicos da produção agrícola, bem como os principais hábitos alimentares dos moradores. O estudo de campo foi conduzido em expedição científica, sendo realizadas 20 entrevistas, com pessoas na faixa etária entre 20 e 65 anos. Nesses seringais, a agricultura se desenvolve basicamente para a subsistência, sendo as culturas da mandioca (Manihot esculenta Crantz), arroz (Oryza sativa L.) e feijão (Phaseolus vulgaris L.), a base da alimentação. Pouco é vendido, sendo armazenado para o autoconsumo durante o ano. Verifica-se que os habitantes dos seringais Sibéria e Albrácia produzem os principais insumos da sua alimentação por meio da agricultura e da pecuária. Também se observa o extrativismo da floresta nas suas diversas formas (látex, castanha, caça e frutos). As famílias apresentam baixo consumo de frutas, verduras e legumes, sendo um fator negativo para a saúde da comunidade, podendo contribuir para o desenvolvimento de algumas doenças causadas pela deficiência de nutrientes na dieta. A partir desta pesquisa sugere-se maior vigilância por parte da execução dos programas sociais implementados, principalmente os relacionados à melhoria da segurança alimentar, para que haja diversidade dos itens produzidos, principalmente os de autoconsumo.