Representações sociais da morte construídas por crianças do Ensino Fundamental I e suas implicações no Ensino de Ciências
- Authors
- Publication Date
- Nov 08, 2022
- Source
- Repositório Institucional da Universidade de Brasília
- Keywords
- Language
- Portuguese
- License
- Unknown
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Abstract
Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2022. / É comum ver a morte como atração principal em jornais sensacionalistas e ao mesmo tempo presenciar a ocultação do fenômeno, principalmente em relação às crianças. No entanto, a morte como objeto de conhecimento, discussão e reflexão pode estar presente nas salas de aula, uma vez que o tema poderia ser tratado em diferentes disciplinas escolares. Entendemos que as concepções de morte das crianças são formadas a partir da internalização das práticas e discursos do contexto cultural e das relações sociais em que estão inseridas. Diante de tal fato, o objetivo geral desta pesquisa foi identificar/reconhecer quais as Representações Sociais de morte de crianças do Ensino Fundamental I e a partir daí, apresentar uma proposta de Núcleo Central. Para fazer emergir essas representações, utilizamos como procedimentos metodológicos a contação de histórias infantis, o desenho como atividade de expressão, além disso, foi pedido às crianças que narrassem o que ilustraram sobre a morte. Vinte crianças de uma escola pública municipal da cidade de Aparecida de Goiânia-GO participaram como sujeitos desta investigação. A partir dos desenhos e entrevista, sistematizamos, duas categorias de representação da morte: 1. A morte como fenômeno biológico e habitual; 2. A morte como evento religioso apocalíptico. Observamos que muitos desenhos representaram a morte de forma violenta, além de personificá-la como diabo/satanás. O núcleo central proposto remete a ideia de termos antagonistas em relação a morte, como Deus, Satanás, inferno, céu, bem e mal. Acreditamos que o grande desafio do professor de Ciências /Biologia é fazer a dissociação entre morte e crenças religiosas dentro da sala de aula. Esse é um exercício que inclui a superação da própria crença do professor. / It is common to see death as the main attraction in sensationalist newspapers and at the same time witness the concealment of the phenomenon, especially in relation to children. However, death as an object of knowledge, discussion, and reflection can be present in classrooms, since the theme could be treated in different school subjects. We understand that children's conceptions of death are formed from the internalization of practices and discourses of the cultural context and social relations in which they are inserted. Given this fact, the overall objective of this research was to identify/recognize which are the Social Representations of death of children in Elementary School I and from there, present a proposal for a Central Core. To bring out these representations, we used as methodological procedures the telling of children's stories, drawing as an activity of expression, in addition, children were asked to tell what they illustrated about death. Twenty children from a municipal public school in the city of Aparecida de Goiânia-GO participated as subjects of this investigation. From the drawings and interview, we systematized two categories of representation of death: 1. death as a biological and usual phenomenon; 2. death as a religious apocalyptic event. We observed that many drawings represented death in a violent way, besides personifying it as devil/satan. The proposed Central Core refers to the idea of antagonistic terms in relation to death, such as God, Satan, hell, heaven, good, and evil. We believe that the great challenge for the Biology's teachers is to dissociate death from religious beliefs in the classroom. This is an exercise that includes overcoming the teacher's own beliefs. / Es habitual ver la muerte como protagonista en los periódicos sensacionalistas y, al mismo tiempo, asistir a la ocultación del fenómeno, principalmente en relación con los niños. Sin embargo, la muerte como objeto de conocimiento, discusión y reflexión puede estar presente en las aulas, ya que el tema puede ser tratado en diferentes materias escolares. Entendemos que las concepciones infantiles sobre la muerte se forman a partir de la interiorización de prácticas y discursos del contexto cultural y de las relaciones sociales en las que están insertos. Ante este hecho, el objetivo general de esta investigación fue identificar/reconocer cuáles son las Representaciones Sociales de la muerte de los niños de la Escuela Primaria I y a partir de ahí, presentar una propuesta de Núcleo Central. Para hacer emerger estas representaciones, utilizamos como procedimientos metodológicos la narración de cuentos infantiles, el dibujo como actividad de expresión, además, se pidió a los niños que narraran lo que ilustraron sobre la muerte. Veinte niños de una escuela pública municipal de la ciudad de Aparecida de Goiânia-GO participaron como sujetos de esta investigación. A partir de los dibujos y la entrevista, sistematizamos dos categorías de representación de la muerte: 1. la muerte como fenómeno biológico y habitual; 2. la muerte como acontecimiento religioso apocalíptico. Observamos que muchos dibujos representaban la muerte de forma violenta, además de personificarla como diablo/satanás. El núcleo central propuesto se refiere a la idea de términos antagónicos en relación con la muerte, como Dios, Satanás, el infierno, el cielo, el bien y el mal. Creemos que el gran reto del profesor de Ciencias/Biología es hacer la disociación entre la muerte y las creencias religiosas dentro del aula. Este es un ejercicio que incluye la superación de las propias creencias del profesor. / Faculdade de Educação (FE) / Programa de Pós-Graduação em Educação