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Esse vírus de science fiction: doença e alteridade em Caio Fernando Abreu

Authors
  • Mulatti Magri, Milena
Publication Date
Jan 01, 2018
Source
DIALNET
Keywords
Language
Portuguese
License
Unknown
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Abstract

Neste trabalho, procuramos analisar diferentes formas de apresentação da aids na obra de Caio Fernando Abreu, tendo em vista, sobretudo, dois momentos distintos. O primeiro momento diz respeito à divulgação dos primeiros casos de aids no Brasil, e o segundo, ao momento posterior à confirmação para o próprio autor do diagnóstico da doença. A aids é caracterizada, desde seu surgimento, como uma doença socialmente temida e estigmatizada, o que acabou promovendo formas de exclusão social de pacientes soropositivos. A comparação destes diferentes momentos permite observar uma mudança na forma de compreensão da aids na obra de Abreu, que passa de um evento alheio e temível a uma alteridade que passa a ser constitutiva do próprio sujeito. / In this essay, we analyse how Caio Fernando Abreu’s work represents AIDS during two distinct moments. The first moment is concerned with the appearance of the first cases of AIDS in Brazil.  The second moment is concerned with the writer’s diagnosis of the disease. AIDS is characterized, since its beginning, as a socially feared and stigmatized disease, which engendered the social exclusion of seropositive patients. The comparison of these two different moments allows us to observe a change in how Abreu’s work understands the disease. The texts shift from a perception of the disease as strange and fearsome to a form of otherness that becomes an integral part of the self-subject. / En este trabajo, procuramos analizar las diferentes formas de presentación del sida en la obra de Caio Fernando Abreu, mirando especialmente dos momentos diferentes. El primer momento está relacionado con la divulgación de los primeros casos de sida en Brasil, y el segundo está relacionado con la confirmación al escritor de su proprio diagnóstico de la enfermedad. El sida se caracteriza, desde su aparición, como una enfermedad temida socialmente y estigmatizada, lo que causó formas de exclusión social de pacientes con VIH. La comparación de estos diferentes momentos permite observar un cambio en la forma de comprensión del sida, en la obra de Abreu, que pasa de un evento ajeno y temible a una especie de alteridad constitutiva del proprio sujeto.

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