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Avaliação da qualidade de vida de sobreviventes da internação em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica após o período de seis a nove anos de alta hospitalar

Authors
  • Balconi, Taise Moro
Publication Date
Feb 29, 2024
Source
Repositório Institucional da UFSC
Keywords
Language
Portuguese
License
Unknown
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Abstract

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2024. / Introdução: Como os avanços nos cuidados intensivos e tecnológicos ocorreram redução na mortalidade em pacientes pediátricos graves. Estes sobreviventes de internação na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) podem ser acometidos, no longo prazo, por sequelas advindas da doença grave, o que contribui para o aumento da morbidade, trazendo novos desafios a essa população. Esses pacientes apresentam diferentes graus de incapacidade física e psicossocial, ou que podem ser persistentes após alta da UTIP e hospitalar. Assim, a mensuração da Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS) em sobreviventes da condição grave emerge como uma maneira de identificação da condição de saúde para avaliação do impacto de intervenções multidisciplinares durante a internação na UTIP. Objetivo: Investigar a associação das variáveis ??demográficas, clínicas e nutricionais durante a Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica com a Qualidade de Vida Relacionada à Saúde, após o período de seis a nove anos de alta hospitalar. Métodos: Estudo prospectivo, observacional e longitudinal. Uma amostra foi composta por pacientes pediátricos graves, de até 18 anos, de ambos os sexos, internados na UTIP no período de julho de 2013 a fevereiro de 2016. As variáveis ??clínicas, demográficas e de estado nutricional foram coletadas do período de internação na UTIP . Os dados de QVRS foram coletados em 2022-2023, via Google Forms®. A mensuração do QVRS foi avaliada por meio do Pediatric Quality of Life InventoryTM (PedsQLTM), autorrelatado e heterorrelatado, sendo resultado expresso em escore total. Um questionário adaptado foi aplicado para identificar os impactos da pandemia do COVID-19 a fim de minimizar possíveis visões. As variáveis ??categóricas foram descritas como categorias de frequência absoluta e relativa e intervalo de confiança de 95% (IC95%). As variáveis ??quantitativas foram descritas em média e desvio padrão (DP), ou mediana e intervalo interquartil [IQR], dependendo da simetria. Teste de esperteza, Mann-Whitney e regressão linear foram aplicados, e p<0,05 foi considerado significativo. Resultados: Foram incluídas 33 crianças e adolescentes (31 heterorrelatos; 27 autorrelatos), 36,4% feminino, mediana de idade na internação de 15,57 meses [6,62; 64,09] e de idade sem acompanhamento de 10 anos [8; 13], 72,73% foram admitidos por motivos clínicos, 15,15% apresentaram condição crônica complexa, 37,50% apresentaram restrições do estado nutricional e 12,12% tiveram internação prolongada na UTIP. A pontuação média do PedsQL-autorrelatado foi de 69,28 ±20,95 e do PedsQL-heterorrelato foi de 67,57±17,93 (p=0,417). O tempo de internação hospitalar apresentou manifestação negativa moderada com Pedsql-autorrelatado (r -0,432; p=0,017), bem como associação na regressão linear (ß= -0,02; IC95% -0,03; 0,00). Não houve associação entre as variáveis ??clínicas e o estado nutricional com o escore total do PedsQL. Não foi observada associação entre dados da pandemia com Pedsql-heterorrelatado. Em relação aos dados do COVID-19, foi possível observar que 20% das crianças e adolescentes consideraram ?difícil e estressante as mudanças relacionadas à pandemia?, apresentando menor média do PedsQL-autorrelatado (48,91±25,21) quando comparado aos 30% da amostra que considerou ?nada difícil e estressante? (85,68 ± 8,89; p=0,017). Conclusão: A pontuação do total do PedsQLTM após 6 a 9 anos de alta foi baixa. O tempo de internação hospitalar parece influenciar o QVRS após 6 a 9 anos de alta. Mais estudos, com maior tamanho amostral, devem ser prolongados para avaliar o impacto de demais variações da internacionalização em estágios em longo prazo. / Abstract: Introduction: With advances in intensive care and technology there was a reduction in mortality in severe pediatric patients. These survivors of hospitalization in the Pediatric Intensive Care Unit (PICU) can be affected, in the long term, by sequelae arising from severe disease, which contributed to increased morbidity, bringing new challenges to this population. These patients may have different degrees of physical and psychosocial disability, which may be persistent after discharge from the PICU and hospital. Thus, the measurement of Health-Related Quality of Life (HRQoL) in survivors of the severe condition emerges as a way of identifying the health condition to assess the impact of multidisciplinary interventions during hospitalization in the PICU. Objective: To investigate the association of demographic, clinical and nutritional variables during the Pediatric Intensive Care Unit with Health-Related Quality of Life after six to nine years of hospital discharge. Methods: Prospective, observational and longitudinal study. The sample consisted of severe pediatric patients, aged up to 18 years, of both sexes, admitted to the PICU from July 2013 to February 2016. The clinical, demographic and nutritional status variables were collected from the period of hospitalization in the PICU. HRQoL data were collected in 2022-2023, via Google Forms®. The measurement of HRQoL was evaluated by the Pediatric Quality of Life InventoryTM (PedsQLTM), self-reported and heterorrelated, being expressed as a total score. An adapted questionnaire was applied to identify the impacts of the COVID-19 pandemic in order to minimize possible biases. Categorical variables were described as categories of absolute and relative frequency and 95% confidence interval (95%CI). The quantitative variables were described as mean and standard deviation (SD), or median and interquartile interval [IQR], depending on symmetry. Correlation test, Mann-Whitney and linear regression were applied, and p<0.05 was considered significant. Results: We included 33 children and adolescents (31 hetero-self-report; 27 self-report), 36.4% female, median age at hospitalization of 15.57 months [6.62; 64.09] and follow-up age of 10 years [8; 13], 72.73% were admitted for clinical reasons, 15.15% had complex chronic condition, 37.50% had deterioration of nutritional status and 12.12% had prolonged hospitalization in the PICU. The mean PedsQL-self-reported score was 69.28 20.95 and PedsQL-heterorrelato was 67.57 17.93 (p=0.417). The length of hospital stay showed moderate negative correlation with PedsQL-self-reported (r -0.432; p=0.017), as well as association in linear regression (ß= -0.02; 95%CI-0.03; 0.00). There was no association between clinical and nutritional status variables with the total PedsQL score. No association was observed between data from the pandemic and PedsQL-heterorrelatado. Regarding the COVID-19 data, it was possible to observe that 20% of children and adolescents considered \"difficult and stressful the changes related to the pandemic\", presenting a lower PedsQL-self-reported average (48.91 25.21) when compared to the 30% of the sample that considered \"nothing difficult and stressful\" (85.68 8.89; p=0.017). Conclusion: The total PedsQLTM score after 6 to 9 years of discharge was low. The length of hospital stay seems to influence HRQoL after 6 to 9 years of discharge. More studies, with larger sample size, should be conducted to assess the impact of other variables of hospitalization on long-term outcomes.

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